A minha Viagem (ep2) - Cidade de Lisboa

O avião em que entrei sem saber o que era, aterrou em Lisboa.

Cidade grande e bonita , que é a capital de Portugal e tem como símbolo um barco de antigamente e dois corvos. Lisboa é banhada por um grande rio, o rio Tejo.



Nunca tinha visto tanta água, nem sequer barcos e muito menos pontes tão altas e compridas. Há a ponte 25 de Abril e a ponte Vasco da Gama. Perguntem aos vossos pais que nomes são estes, o de uma revolução e outro de um navegador descobridor.




 Foi em Lisboa que conheci os Três Espertinhos … que grandes malucos, leiam a história deles, que é bem divertida. Fiquei também a saber quem eram os Escuteiros e o que eles faziam.



Lisboa é conhecida pela cidade das 7 colinas. No topo da mais importante, onde se instalaram os primeiros habitantes, bem junto ao rio, há um enorme castelo a quem deram o nome de São Jorge. Foi lá que encontrei umas abelhas muito queridas que me convidaram para a sua colmeia.
 A vista é magnífica !



A minha maior amiga era a Rosita, que se chamava assim porque andava sempre há procura de rosas para tirar o seu pólen, que dá um sabor muito bom ao mel.

Com ela visitei muitos jardins da cidade e o que mais gostei foi o jardim botânico



Um dia estava lá uma turma de meninos muito agitados, que quando o professor se distraía, arrancavam as flores. Eu e Rosita, começamos a voar junto delas e aí é que foram elas … os meninos rabinos fugiram a sete pés com medo de nós e as flores agradeceram.


Foi a primeira vez que percebi que as crianças têm medo da abelhas. Ora, isso é disparate ! 



Nós só picamos alguém quando temos medo que nos ataquem. Basta que não se aproximem de nós com gestos bruscos e assim não nos assustamos e não há qualquer problema.

Muito voei sobre Lisboa, muitas abelhas ficaram minhas amigas, e conheci muitos meninos … mas cedo percebi que estava longe da minha terra e assim um dia tive de me ir embora, para continuar a tentar encontrar a colmeia onde nasci.




Despedi-me da colónia do Castelo de São Jorge, nas muralhas do castelo, que tão bem me recebeu, e voei até entrar noutro aparelho que também se movia.


Não era um avião, pois não voava, mas andava em cima de duas linhas de ferro e era muito comprido. Como se chamará ?

Para onde me levará ? ... saberão isso no 3º episódio que sairá em
breve. Até lá e lembrem-se de mim, tomando de vez em quando mel, que faz muito bem se não for em excesso.


Os Três Espertinhos (ep1)

Esta é a história dos três porquinhos e do lobo mau … ah, mas essa já conheces não é ?

Então vou contar a história dos três espertinhos e do chefe picapau … aposto que não conheces, pois não ?


Na primeira cidade que conheci e que muito gostei - Lisboa - conheci três gémeos, os irmãos espertinhos, como eram conhecidos na escola.
 Espertinhos não porque tivessem boas notas, mas porque se achavam os mais espertos de todos, porque copiavam em vez de estudar, porque faziam partidas parvas em vez de brincar, porque nas aulas davam respostas disparatadas para irritar os professores.



Em casa também eram mal comportados, faziam malandrices a toda a hora, jogavam na consola mas acabavam sempre à bulha, faziam xixi na cozinha para os pais pensarem que era o gato, atiravam sacos de plástico pela varanda para certar nos carros … e um dia aconteceu uma coisa muito grave, um acidente em que por pouco um carro não atropelou uma criança que ia a atravessar na passadeira, desviando-se e batendo num poste… enfim, eram não só maluqinhos como começavam a ser perigosos.


Os pais, que trabalhavam muito e tinham pouco tempo para estarem com eles, acharam uma boa ideia inscreve-los nos escuteiros , sabes o que são ? 
Se perguntares aos teus pais, eles explicam-te bem, mas fica já a saber que é um grupo de meninos e de chefes mais crescidos, onde se aprende a viver melhor com as outras pessoas, a praticar actividades de equipa na natureza, a obedecer aos mais experientes e a respeitar os colegas.


Os três espertinhos é que não gostaram nada da ideia de perderem as tardes de sábado onde costumavam ... 
passar no parque dos baloiços em frente à casa, para empurrarem com muita força os mais pequenos que tinham medo
tirar as gomas aos outros meninos que ficavam a chorar
tocar nas campainhas das portas dos vizinhos e depois fugir
enfim, fazer muitas asneiras


A tarde de sábado era para eles a melhor da semana, pois não tinham os pais com eles que muito lhes ralhavam, mas só a empregada que fazia tudo o que eles queriam. Além disso,  não tinham escola nem faziam os deveres, e assim, aproveitavam para fazerem todos os disparates que lhes apetecessem.
Por isto tudo, percebe-se bem porque não queriam ir para os escuteiros.

Ainda por cima, sabiam que no agrupamento de escuteiros do bairro, havia o chefe picapau, que não devia ser nada bom, tendo aquele nome.
Mesmo não querendo, os gémeos foram obrigados a ir.

FIM do episódio 1 ... em breve sairá o episódio 2 sobre a vida deles nos escuteiros, que promete ser difícil para o gêmeos espertinhos, mas muito divertida para tu leres.

A minha Viagem (ep1) - Primeiro Voo

Olá, sou a abelha Maia … disparate, sou abelha mas não a Maia , a mim chamam-me Saia.


Em todo o sítio onde entro, todos me gritam SAIA.



É uma injustiça, como dizia o Calimero ... sabem quem é ?
os vossos pais sabem de certeza ... perguntem-lhes.


Mal nasci, fiz o meu primeiro voo para fora da colmeia e era tudo tão bonito que voei, voei, voei … e entrei sem saber num sítio muito estranho, que percebi mais tarde chamar-se avião e que também voa, levando-me para muito longe da minha colónia.
Fiquei sem família e sem nome, pois ainda não tinham decidido um para mim.




Fui crescendo e aprendendo a viver noutras colmeias mas nunca me senti verdadeiramente em casa. Desde cedo começei a procurar o caminho de regresso para a minha terra. Não tenho mapas nem GPS, mas sinto dentro de mim, que um dia vou lá chegar.



Nesta viagem que já vai longa, tenho conhecido muitas aldeias, cidades, praias, florestas, montanhas e até o deserto.


      



Já entrei em casa de muitas pessoas, em abrigos de muitos animais e tenho visto e ouvido coisas muito engraçadas, felizes, belas, mas também tristes e feias, que merecem ser contadas.




Espero que gostes destas minhas histórias que te vou contar, ao mesmo tempo que vais sabendo como a minha viagem vai correndo.


Vem comigo, beijinhos.